'Para a polícia, o ex-companheiro cometeu o crime', diz delegada sobre mulher esfaqueada no Maranhão

Um dia após o crime a arma utilizada ainda estava no local (Foto: Reprodução/TV Mirante)
A delegada Viviane Azambuja, que comanda o Departamento de Combate ao Feminicídio no Maranhão, informou neste domingo (25) que Gutemberg Matos Bezerra é o pincipal suspeito de esfaquear a ex-companheira, Girlene Araújo silva, na noite desta sexta-feira (23). O caso aconteceu no bairro Maiobão, em Paço do Lumiar, região metropolitana de São Luís.

Segundo a delegada, a quantidade de informações colhidas até o momento com testemunhas nas investigações apontam diretamente a autoria do crime para o ex-companheiro da vítima.

"Para a polícia, ele cometeu o crime. Ele foi visto por vizinhas, que escutaram os gritos de socorro da vítima e aí se aproximaram do local. Foi quando encontraram ele subindo em uma moto e fugindo", contou.
Gutemberg Matos Bezerra é considerado pela Polícia o principal suspeito do crime (Foto: Reprodução/TV Mirante)

Viviane Azambuja também acrescentou que as novas informações periciais e das testemunhas indicam que ele teria tentado acelerar a morte de Gislene ou tentado desarcordá-la.

"Inclusive, ele supostamente colocou alguma substância na boca dela, ou para que ela ficasse desacordada ou para acelerar a morte. (..) Eles (vizinhos) acharam um vidro de amoníaco, então essa substância pode ser amoníaco", informou.


Entenda o caso

Uma mulher identificada como Girlene Araújo silva, de 37 anos, recebeu 18 facadas dentro de casa no bairro Maiobão, em Paço do Lumiar, na noite desta sexta-feira (23). Girlene foi levada até o Hospital Socorrão 2 em estado grave.

Gislene Araújo Silva recebeu 18 facadas no bairro Maiobão, em Paço do Lumiar (Foto: Reprodução/TV Mirante)

Parentes e amigos acreditam que o autor do crime é o ex-companheiro dela, Gutemberg Matos Bezerra, que estaria inconformado com o término no relacionamento. O casal estava separado há cerca de dois anos e tem um filho adolescente.

A tentativa de homicídio aconteceu no momento em que filho do casal não estava. Vizinhas afirmam ter ouvido gritos de socorro e visto Gutemberg sair de moto do local depois do crime. Uma das vizinhas, Zélia Vilas Boas, disse ter encontrado o corpo ensanguentado.

“Eu vim correndo. Quando cheguei encontrei ela. Aí pedi para chamarem a ambulância ou a polícia porque ela poderia morrer”, afirmou.

Os familiares informaram que durante toda a noite de sexta (23) e a tarde de sábado (25) a polícia não começou a investigar o caso. A casa não havia sido periciada e a arma usada no caso ainda estava na cena do crime até a noite de sábado (25). De acordo com Raimundo Marques, cunhado da vítima, o motivo foi a impossibilidade de fazer o boletim de ocorrência.

“A gente foi em busca do boletim para ter uma garantia e a gente não conseguiu porque nos disseram que só poderia ser feito na Delegacia da Mulher, que fica no Jaracaty”, declarou.

A família da vítima comunicou que, até a noite de sábado (24), o estado de saúde de Gislene continuava grave. Segundo Gisele Araújo, irmã da vítima, ela já tinha denunciado que era agredida por Gutemberg.

“Ele batia nela até quando ela largou ele. Já estavam há um tempão separados”, contou .
A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) informou que a Polícia Militar do Maranhão (PMMA) foi acionada logo após o crime e realizava diligências para efetuar a prisão do suspeito, considerado foragido desde o primeiro momento.

A SSP também informou que o Departamento de Feminicídio acompanha o caso e orientou a família, ainda na noite do crime, a efetuar os procedimentos para o registro da ocorrência o mais rápido possível. Além disso, disse que a Delegacia Especial da Mulher adotou as primeiras providências de investigação ainda na sexta-feira (23), mesmo antes de receber a solicitação de registro de ocorrência no órgão e que o Departamento de Feminicídio dará andamento à investigação.

Fonte: G1 Maranhão

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