EDIÇÃO ESPECIAL´´MUNDO MILIONÁRIO DO FORRO´´

Sucesso de público e vendas de Cd’s e Dvd’s, o forró eletrônico se profissionalizou e vem ganhando cada vez mais adeptos no Brasil, como também fora dele. Bandas do gênero estão com canções no topo das paradas de sucesso e o cachê de seus shows, chegam a variar de 80 a 180 mil reais. E há ainda bandas, que durante o período junino, chegam a faturar até meio milhão de reais em apenas três apresentações em uma só noite.

Gravação do DVD 360º da Calcinha Preta em Maceió/AL
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Responsáveis por reunir grandes multidões em verdadeiros espetáculos, o forró eletrônico vem impulsionado outros estilos musicais, dentre eles o arrocha, axé music, e principalmente, o sertanejo universitário. A influência que o mesmo exerce no cenário musical é exemplificada pelo cantor Michel Teló que regravou a música “Ai se eu te pego”, originalmente um forró eletrônico, alcançando um certo sucesso fora do Brasil.
Origem

Show da banda Mastruz com Leite – Foto: R7
O forró eletrônico nada mais é que uma variação do ‘autêntico forró’ que utiliza elementos eletrônicos em sua execução, como o teclado, o contrabaixo e a guitarra elétrica com influências do pop e rock. O estilo surgiu no Brasil na década de 90 com a banda cearense Mastruz com Leite. Tida como ‘a banda mãe do segmento’, o grupo foi pioneiro em apresentações de programas de TV em rede nacional; a participar de micaretas em trio-elétricos; como também a realizar uma turnê internacional.
Válido ressaltar que a rádio SomZoom Sat, pertencente ao Empresário Emanuel Gurgel (dono da banda Mastruz com Leite e outras cinco bandas de forró) foi essencial para a expansão do gênero musical, já que apostou no segmento até então pouco conhecido, e o transmitiu em ondas sonoras do rádio que ultrapassaram as fronteiras do Nordeste.
De olho no novo modelo musical, empresários da região Nordeste decidiram investir no novo estilo. Surgiram daí, bandas como a paraibana, Magníficos, a sergipana, Calcinha Preta, e a pernambucana, Limão com Mel. Bandas essas, que se destacaram pelo ‘romantismo’ transbordados em suas canções.
Pouco tempo depois surge no estado do Rio Grande do Norte duas bandas que contribuíram para a ascensão do cenário forrozeiro, são elas: Cavaleiros do Forró e  Saia Rodada.
O demasiado sucesso dos grupos de forró trouxe à tona a falsa estabilidade dos cantores. Muitos vocalistas no auge de suas carreiras acabam recebendo propostas de bandas concorrentes, fato que quando aceito acaba desestruturando a atual formação da banda. Funciona como um time de futebol.
Anos atrás, o Forró dos Plays e o Forró do Muído, bandas pertencentes a empresa A3 Entretenimento sofreram grande baixas no quadro de cantores. Com a saída de Samyra Show dos Plays (Atual Forró 100%) e das coleguinhas Simone e Simária do Muído para carreira solo, fizeram o segmento ter um declínio considerado, já que ambas as bandas estavam em seu auge.

Wesley Safadão, vocalista da banda Garota Safada – Foto: Divulgação
A alta competitividade entre bandas do forró eletrônico sempre foi uma marca do estilo. Marca que ficou ainda mais evidente com as bandas cearenses Aviões do Forró e Garota Safada. Com estilos basicamente semelhantes, escancaram uma grande rivalidade no que se refere a disponibilidade de shows promocionais para download na internet, bem como a atualização de repertório em suas turnês.
Investimentos

Vocalistas da banda Aviões do Forró –  Foto: Reprodução DVD 2 gravado em Salvador/BA
A todo o momento empresários realizam investimentos em suas bandas num só intuito: manter o ritmo em evidência. Grandes estruturas de palcos, equipamentos de som e ônibus também não são poupados pelos empresários. As bandas de forró faturam milhões e geram empregos. Sucesso com a música ‘Você não vale nada mais eu gosto de você’, na novela Caminhos das índias, em 2009, na TV Globo, o Calcinha Preta é o grande exemplo disso. A banda conta com 50 funcionários, e todos possuem carteira assinada.
Feito que só consolida a tese de que as bandas de forró eletrônico são sucesso. Atualmente no Brasil existem cerca de 3 mil bandas de forró ‘registradas’ segundo um levantamento promovido pela Associação Brasileira de Bandas de Forró. Destas, apenas vinte estão com a carreira consolidada a nível nacional.
Considerados verdadeiros fenômenos, as bandas do forró eletrônico seguem expandindo a sua música para todo o país, levando alegria e muito forró ao público forrozeiro, além de influenciar outras inúmeras bandas de vários estilos a trazer um diferencial a música que pode ocasionar em tempos futuros um sucesso consolidado.

Silvânia Aquino e Paulinha Abelha no São João 2009 –Foto: Divulgação
- fonte: http://culturainterativa.com/o-mercado-milionario-do-forro-eletronico/#sthash.9ZTbCbqG.dpuf

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